Sociedade

O fenômeno Figa Flawas transborda o Parque Pinaret em um grande concerto de Diada (Contém galeria de fotos)

O fenómeno Figa Flawas superou todas as expectativas esperadas e o concerto Diada tornou-se uma exaltação desta dupla vallsiana. Milhares de pessoas lotaram o Parc del Pinaret e outras mil ficaram do lado de fora sem a possibilidade de curtir a música, privilégio reservado aos mais fiéis… E aos mais espertos.

Eram 19 horas da tarde e cerca de vinte pessoas – jovens e não tão jovens – já faziam fila à espera que as portas se abrissem. Isso só aconteceria às 21h30, quando ainda faltavam 3 horas para o início da apresentação dos Vallencs. A essa altura, a fila já era enorme.

“Nunca tinha visto nada parecido”

Tão grande que literalmente circulou o Parc del Pinaret. Nos horários de pico, antes das 23h, a fila de pessoas chegava à rotatória que liga a Avenida Charles Darwin à Avenida do Esporte. Uma expectativa nunca vista num concerto da Diada. “Em 21 anos na Câmara Municipal, não tinha visto nada parecido”, afirmaram fontes do Departamento de Festas.

À meia-noite a lotação máxima de 4.900 pessoas estava completa e a fila ainda chegava a meio caminho da Carrer Josep Serra i Dalmau. A organização teve que abrir a área onde fica o bar do parque para que alguns pudessem acompanhar as apresentações de lá, apesar da visibilidade muito limitada. Na Avinguda del Mill·lenari, porém, ainda havia centenas de pessoas que não queriam sair, pelo menos, sem ouvir à distância os Figa Flawas.

A frustração pintou o rosto de quem sabia que estava atrasado, ainda mais vendo como, muitos dos que chegaram mais tarde, aproveitaram a presença de algum conhecido – ou às vezes nem isso – para entrar furtivamente e evitar uma fila que lhe garantia fique fora Isso gerou alguns confrontos entre pessoas na fila até que a Polícia Local colocou uma fita desde a entrada do parque até a esquina com Josep Serra e Dalmau para evitar que as pessoas tentassem se colocar na largada da fila que acabava de chegar.

Fila na entrada do Parc del Pinaret, às 23h19 (Foto: Andreu Dalmau)

A organização teve que abrir a área onde fica o bar do parque para que algumas pessoas pudessem acompanhar as apresentações de lá (Foto: Andreu Dalmau)

Aparição da Avinguda del Mill·lenari durante o concerto Figa Flawas (Foto: Andreu Dalmau)
Pessoas acompanhando show do Figa Flawas da cerca (Foto: Andreu Dalmau)

Tocamos Wood, bandas de abertura locais

Com toda essa agitação lá fora, o show começou pontualmente às 22h30. O Toquem Fusta, liderado por Marc Gibert de Cambrils, voltou aos palcos depois de quatro anos para comemorar seu 20º aniversário e interpretar algumas músicas de seu último álbum, “Imparables”, lançado em 2019 e que não pôde ser ouvido ao vivo por causa do pandemia. Seu rock com letras cotidianas foi acompanhado por diversas pessoas ao longo do show, incluindo dois integrantes do grupo Koeman e os bateristas dos Diables Els Cagarrieres.

Audiência concedida a Figa Flawas

A verdade, porém, é que a maior parte do público não veio a Cambrils – houve uma grande presença de público de fora – para o Toquem Fusta, mas para o Figa Falwas. A espera foi eterna na primeira fila onde os mais fiéis cantavam o nome dos Vallencianos sempre que tinham oportunidade. Era meia-noite e, com o palco meio montado, a tensão já era palpável. Com os primeiros acordes de Chuculatina os gritos foram desencadeados e os Figa Flawas saltaram para o palco fazendo o Parc del Pinaret enlouquecer.

Os sujeitos se seguiram. 4 beijos, Xalala, diabo, eu roo… Todos os grandes sucessos vibraram um público devotado ao máximo. A dupla, acompanhada por um jogo de fogos de artifício, confetes e luzes, contou ainda com a colaboração de um elenco de bailarinos entre os quais Àlex Fernández, de Cambrils que teve o seu momento de glória realizando uma sozinho vibrante no início do show, tocando o remix do tema de Shin-Chan.

Os torcedores, porém, não podiam deixar os Figa Flawas passarem sem ouvir a música do verão. “Tem uma pessoa muito especial para nós aqui”, disse a cantora. Ele se referia, como não poderia deixar de ser, à Marina, aquela que é morena. Foi o clímax – com alguns fogos de artifício incluídos – de um concerto que terminou com extraterrestres eu Que não acabeuma música muito apropriada para encerrar a atuação estrela (pouco mais de uma hora de apresentação) do concerto mais importante do Festival Mare de Déu del Camí.

Músicos de rua e DJ Dimuca fecham a noite

O concerto ainda não tinha terminado, ainda havia muita festa, mas quando os Figa Flawas fecharam a cortina, uma multidão decidiu que a sua missão em Cambrils tinha terminado e abandonou o local, permitindo que alguns dos que tinham ficado no exterior pudessem finalmente, puderam entrar no Parque Pinaret. Porém, centenas de pessoas tiveram que continuar esperando e isso acabou com a paciência de alguns, que tentaram entrar no complexo pulando as cercas em vários pontos.

À 1h45 subiram ao palco Músicos de Rua, uma homenagem a Txarango. A banda, com uma apresentação ao vivo cheia de energia, reviveu os melhores momentos do grupo gironanês que serviu de trilha sonora para muitos jovens na última década. A memória de músicas como Uma lua na água, Músico de rua, Quando tudo decola eu conte comigo apreciou os quase 5.000 espectadores que lotaram o Parc del Pinaret.

A noite chegou ao fim com o encerramento desta apresentação. O último a tocar foi o DJ Diumca, que já estava girando no bar Cagarrieres – onde, aliás, todos os estoques estavam esgotados antes do final do show – durante as mudanças de cenário. O PD de Cambrils esteve nas mesas durante uma hora, até que, às 4h15, foi encerrado um concerto histórico da Diada, marcado pela falta de previsão e pela chegada em massa de um fenómeno de fãs que inundou o Parque Pinaret.

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